Agroecologia – + Pecuária Brasil https://maispecuariabrasil.com Portal + Pecuária Brasil Wed, 08 Jan 2025 17:19:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://maispecuariabrasil.com/wp-content/uploads/2022/09/logo2-1-75x75.png Agroecologia – + Pecuária Brasil https://maispecuariabrasil.com 32 32 ANO MAIS QUENTE: temperaturas altas de 2024 se estendem para 2025 com seca e pouca chuva https://maispecuariabrasil.com/2025/01/ano-mais-quente-temperaturas-altas-de-2024-se-estendem-para-2025-com-seca-e-pouca-chuva/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=ano-mais-quente-temperaturas-altas-de-2024-se-estendem-para-2025-com-seca-e-pouca-chuva Wed, 08 Jan 2025 17:19:15 +0000 https://conafer.org.br/?p=36756 Um novo levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, revelou que 2024 foi o ano mais quente no Brasil. O estudo analisou as temperaturas desde o ano de 1961 e mostrou que houve uma tendência de elevação das temperaturas médias anuais ao longo dos anos. O ano passado foi marcado por incêndios florestais, inundações no Rio Grande do Sul e a pior seca da história, que se estende até este ano de 2025 e impacta a agricultura familiar. Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mostram que 2025 ainda terá temperaturas acima da média no país, oceanos aquecidos e seca intensa, agravada por menos chuvas e mais calor, prejudicando também a pecuária 

A seca, a falta de chuva e o calor excessivo podem prejudicar muito a agricultura familiar, que depende do clima para cultivar alimentos. Com pouca chuva, as plantações não conseguem crescer corretamente, pois a água é essencial para as plantas se desenvolverem. O calor intenso também pode queimar as culturas e reduzir a produção. Isso afeta diretamente o sustento das famílias que vivem da agricultura, porque elas podem ter menos alimentos para vender ou até mesmo para consumir. Além disso, muitos pequenos produtores não têm sistemas de irrigação e a falta de chuva dificulta ainda mais o trabalho no campo e a criação de gado, que pode ficar mais fraco sem o crescimento dos pastos e com o calor. Por estes motivos, os produtores rurais devem estar atentos às previsões climáticas para 2025.

Para entender como será o clima em 2025, estudiosos analisaram o comportamento climático dos últimos anos. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet), a temperatura média anual alcançou 25,02°C em 2024, o que representa um aumento de 0,79°C em relação à média histórica das duas últimas décadas (1991 a 2020). Durante esse período de referência, a temperatura média foi de 24,23°C. O Inmet destaca que os registros de 2024 superam os de 2023, que até então era o ano mais quente desde 1961. A média anual de 2023 foi de 24,92°C, ficando 0,69°C acima da média histórica das últimas duas décadas completas.

Foto: Inmet

Além de ser o ano mais quente, 2024 também foi repleto de eventos climáticos extremos e desastres ambientais, como as enchentes do Rio Grande do Sul, a cortina de fumaça causada pelos incêndios florestais e a pior seca dos últimos tempos. A expectativa é que em 2025 ainda haja temperaturas acima da média, pouca chuva e a prevalência da seca. De acordo com estudiosos, embora o calor de 2025 deva ser um pouco menos intenso, ele ainda será extremo. A previsão global do Met Office, centro nacional de meteorologia britânico, indica que 2025 ficará entre os três anos mais quentes já registrados, atrás apenas de 2024 e 2023.

Seca extrema aumentou 2000% em terras indígenas na Amazônia brasileira em 2024 – Foto: Ricardo Stuckert / PR

Essa crise climática afeta principalmente as populações tradicionais que dependem da agricultura familiar, como é o caso de vários povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Dados do estudo Amazônia à Beira do Colapso – Boletim Trimestral da Seca Extrema nas Terras Indígenas da Amazônia Brasileira, produzido pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), mostram que a seca extrema de 2024 atingiu mais de 315 mil km² ou 31 milhões de hectares, uma área equivalente ao tamanho da Itália, indicando um aumento de 2000% em relação às áreas afetadas pelo processo de seca extrema. Além disso, a seca, juntamente com o garimpo, aumentaram o fogo nas terras indígenas em 2024, trazendo um novo recorde em mais de 20 anos.

Entre 1º de julho e 10 de setembro de 2024, as Terras Indígenas (TIs) registraram 8.164 focos de calor, o maior número já observado para o período desde 2003 – Foto: Reprodução

Os pesquisadores explicam que o calor registrado em 2024 foi principalmente causado pelo aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera, que aceleram o aquecimento global. Além disso, o El Niño teve um papel importante, aquecendo os oceanos e elevando ainda mais as temperaturas. Para 2025, sem a presença do El Niño, espera-se um ano mais fresco do que 2024, mas isso não significa que o calor será menos intenso. Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), ao menos nos primeiros três meses de 2025, o calor deve permanecer acima da média em todo o país.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o cenário atual dos oceanos, com temperaturas acima da média, pode fazer com que desastres climáticos persistam ao longo de 2025. Além disso, a seca que afeta o Brasil já dura 18 meses, tendo começado em junho de 2023, sem dar trégua. O impacto é visível em centenas de cidades, com rios secos e comunidades isoladas. Com as previsões para 2025, especialmente no primeiro trimestre, indicando chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, a estiagem tende a continuar. De acordo com o Inmet e o Cptec, as chuvas devem permanecer abaixo da média pelo menos nos três primeiros meses do ano.

Foto: Reprodução

A seca e a falta de chuva traz problemas para a agricultura familiar, como o mal desenvolvimento das hortas, diminuição e ressecamento dos frutos, morte das plantas e a perda de valor comercial dos produtos agrícolas. Ou seja, o valor de uma colheita de menor produção e com menos qualidade é bem menor, o que faz com que os agricultores familiares ganhem menos dinheiro. 

O outro lado do agro, também pode ser prejudicado com essa crise climática, afetando os pequenos produtores da pecuária, que dependem do pasto para alimentar os animais. Sem chuva, a vegetação não cresce como deveria, e os animais ficam com menos comida disponível. O calor pode tornar os animais mais fracos e doentes, porque eles sofrem com o estresse térmico, o que pode diminuir a produção de leite, o ganho de peso e até a reprodução. Além disso, como o pasto não cresce, os produtores precisam comprar ração, o que aumenta os custos. Isso torna mais difícil para as famílias manterem seus rebanhos e garante uma produção menor, prejudicando o sustento daquelas que dependem da pecuária para viver.

Foto: Reprodução

Por isso, o ano de 2025 será desafiador para os produtores rurais, mas também será a oportunidade de todos agirem conscientemente com uma produção sustentável. Sabendo disso, a CONAFER apoia os agricultores familiares com a agroecologia por meio de ações sociais e educativas nas comunidades carentes. A Confederação também desenvolveu o maior programa de melhoramento genético da bovinocultura nacional, o +Pecuária Brasil, que além de elevar o nível de qualidade dos rebanhos, trabalha com técnicas que não prejudicam o meio ambiente. O compromisso da entidade em preservar a biodiversidade das aldeias indígenas e áreas rurais demonstra mais uma vez que a CONAFER atua como solução com uma produção agrícola responsável. 

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PRODUÇÃO VERDE: as tendências para o setor agrofamiliar no Brasil em 2025, rumo à COP 30 https://maispecuariabrasil.com/2025/01/producao-verde-as-tendencias-para-o-setor-agro-familiar-no-brasil-em-2025-rumo-a-cop-30/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=producao-verde-as-tendencias-para-o-setor-agro-familiar-no-brasil-em-2025-rumo-a-cop-30 Thu, 02 Jan 2025 16:09:30 +0000 https://conafer.org.br/?p=36683 Com um cenário climático e econômico em constante mudança, o início do ano de 2025 é um momento decisivo para os agricultores familiares brasileiros planejarem as produções agrícolas. O objetivo é estudar o atual cenário e maximizar a produtividade no campo, enfrentando os desafios por meio de estratégias. Agora, é a hora de analisar as previsões climáticas, que impactam diretamente na escolha das culturas mais adequadas para cada região, e estudar os custos e as tendências de mercado, para que os produtos atendam à demanda e se mantenham competitivos. Além disso, com a realização da COP 30 no Brasil, este ano terá um foco global ainda maior nas questões ambientais, e os agricultores deverão estar atentos às políticas e compromissos internacionais, buscando tecnologias de produção mais eficientes com práticas agrícolas sustentáveis

O ano de 2025 representa uma oportunidade do Brasil se posicionar como protagonista de uma produção agrícola que respeita o meio ambiente, uma vez que sediará a COP 30 em Belém, no estado do Pará. O evento global de grande importância no contexto das mudanças climáticas, reunirá líderes, especialistas e representantes de países para discutir soluções e estratégias voltadas para a preservação do meio ambiente. Por esse motivo, o setor agrofamiliar tem se voltado para a produção verde por meio de tecnologias sustentáveis, o que revela uma das maiores tendências do agro para 2025.  

A chegada da COP 30 também significa uma oportunidade única para o Brasil reforçar seu papel no enfrentamento da crise climática, destacando iniciativas de sustentabilidade e proteção dos biomas, como a Amazônia, além de fomentar o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes para a adaptação no setor agrícola, industrial e urbano. A conferência pode ampliar a participação do país em acordos internacionais sobre redução de emissões de gases de efeito estufa, que fortalecem a transição para energias renováveis e promovem soluções inovadoras para a adaptação das populações mais vulneráveis às mudanças climáticas. 

Uma dessas soluções, por exemplo, é a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis e de longo prazo com o uso de biofertilizantes, como inoculantes de nitrogênio, solubilizadores de fósforo e estimulantes de crescimento, que aumentam a produtividade e reduzem a dependência de insumos químicos, ao mesmo tempo em que melhoram a biodiversidade do solo. O tratamento biológico de sementes, por sua vez, assegura um desenvolvimento inicial mais uniforme e saudável, promovendo a qualidade genética das plantas e tornando o sistema produtivo mais eficiente e sustentável desde o início. Em um momento de renovação e transformação, especialmente com a realização da COP 30 no Brasil em 2025, adicionar essas técnicas biosustentáveis no planejamento estratégico para a próxima safra se torna ainda mais relevante para o agricultor familiar brasileiro. 

Foto: Reprodução/ Freepik

Outra tendência para o agro em 2025 será mais investimento na agricultura, principalmente a familiar. Neste ano safra, são R$ 400,59 bilhões destinados para financiamentos, um aumento de 10% em relação à safra anterior. Ainda, os produtores rurais podem contar com mais R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), para emissões de Cédulas do Produto Rural (CPR), que serão complementares aos incentivos do novo Plano Safra. No total, são R$ 508,59 bilhões para o desenvolvimento do agro nacional.

O Plano Safra 2024/2025, no âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), continuará incentivando o fortalecimento de sistemas de produção sustentáveis do ponto de vista ambiental. Serão premiados os produtores rurais que já tenham o Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado, além daqueles que adotam práticas agropecuárias mais sustentáveis. Neste ciclo, o Governo Federal mantém o incentivo às boas práticas, oferecendo uma redução de até 1,0 ponto percentual na taxa de juros para custeio.

Foto: Shutterstock/Alf Ribeiro/Reprodução

A CONAFER apoia a agricultura familiar no campo e nas aldeias indígenas, que usa técnicas como a agroecologia, o manejo integrado de pragas, a rotação de culturas e o plantio direto, aumentando a produtividade sem comprometer os recursos naturais. Nesta produção, a utilização de adubos orgânicos, compostagem e o manejo adequado do solo ajudam a manter sua fertilidade e a reduzir a dependência de fertilizantes químicos, evitando a contaminação da água e a destruição ambiental. Além disso, a Confederação acredita que a proteção dos territórios indígenas e a promoção da agricultura familiar nas aldeias é uma forma de preservar a biodiversidade contra a exploração da natureza.

Do outro lado do agro, em 2025, o uso de biotecnologias será uma tendência entre os agricultores que estão dedicados à produção animal. A CONAFER é um exemplo de produção verde no campo e tem o maior programa genético da bovinocultura nacional: o +Pecuária Brasil, que proporciona acesso a biotecnologias avançadas de inseminação artificial, transformando rebanhos e impulsionando a produção de carne e leite. Só em 2024, este programa possibilitou o nascimento de mais de 140 mil bezerros de maneira sustentável.

Colaboradores do +Pecuária Brasil comemoram nascimento de bezerros com melhoramento genético junto à família de agricultores

Mas a pecuária também vai contar com os preços das carnes bovinas mais altos, uma vez que já começaram a subir para o consumidor no segundo semestre de 2024, e tudo indica que essa tendência continuará em 2025. As principais razões para essa alta são as mudanças climáticas, as exportações, a inflação e a menor oferta de animais. Entre janeiro e novembro de 2024, as carnes bovinas registraram um aumento acumulado de 15%, e a expectativa é que os preços subam ainda mais em 2025, devido à escassez de bovinos prontos para o abate. O clima que prejudicou a qualidade das pastagens no Brasil e o aumento das exportações foram os fatores mais diretos que encareceram o produto durante o ano. 

Em dezembro, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que o fenômeno La Niña, esperado para 2024, deve se intensificar apenas em 2025. As projeções indicam uma probabilidade de 60% para a ocorrência do La Niña entre janeiro e fevereiro de 2025. Outra previsão, feita pelo Centro de Predição Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), aponta que o fenômeno tem 71% de chances de ocorrer até março de 2025, com impactos mais fracos e de curta duração. O La Niña é caracterizado pelo resfriamento das temperaturas da superfície do Pacífico equatorial central e oriental, além de alterações na circulação atmosférica tropical. Ou seja, com esse atraso do La Niña, as temperaturas médias globais continuam a quebrar recordes e o ano tende a ser mais quente.

Foto: Reprodução

Com a promoção de uma produção que respeita o meio ambiente e ações que trazem benefícios para agricultores familiares, o trabalho da CONAFER acompanha as tendências do agro em 2025. Neste ano, a CONAFER segue apoiando os pequenos produtores rurais e a produção sustentável no campo e nas aldeias indígenas do país, por meio de programas de melhoramento genético como o +Pecuária Brasil e +Genética no Sertão, e com iniciativas que levam a tecnologia para as comunidades mais remotas, como o programa PEC Brasil e o aplicativo Hãmugãy, que ajuda no monitoramento de incêndios nas florestas. O compromisso da Confederação com os agricultores familiares também continua sendo demonstrado com o Mais Vida Brasil e o projeto Albatroz, que têm o objetivo de levar saúde de qualidade para os indígenas, quilombolas, ribeirinhos, assentados, acampados e comunidades carentes.

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CONAFER NA AGROBRASÍLIA: na maior feira do Planalto Central, Confederação apresenta os seus projetos https://maispecuariabrasil.com/2023/05/conafer-na-agrobrasilia-na-maior-feira-do-planato-central-confederacao-apresenta-os-seus-projetos/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=conafer-na-agrobrasilia-na-maior-feira-do-planato-central-confederacao-apresenta-os-seus-projetos Wed, 24 May 2023 19:29:21 +0000 https://conafer.org.br/?p=23942 Assim como em 2022, na edição da AgroBrasília 2023, a CONAFER está presente com uma equipe multidisciplinar na mais importante feira de tecnologia e negócios da capital federal, destinada às empresas e produtores dos mais variados segmentos rurais. No ano passado, a CONAFER fechou um acordo de cooperação técnica com o governo do Distrito Federal para levar o melhoramento genético do +Pecuária Brasil aos pecuaristas familiares brasilienses. Um ano depois, a Confederação já apresenta os resultados desta parceria, ao mesmo tempo em que coloca à disposição do grande público da feira, os programas e projetos que têm mudado a vida de agrofamiliares de todo o Brasil. Além do estande, a CONAFER terá colaboradores de forma itinerante percorrendo os espaços da AgroBrasília para apresentar produtos e serviços agrofamiliares, como o INSS Digital, além dos programas que fomentam o crescimento socioeconômico dos agricultores familiares, entre eles o +Pecuária Brasil, o Mais Vida Brasil, ERA nas Escolas, +Turismo para as Mulheres da Terra e outras ações. Uma equipe do Mais Previdência Brasil estará conversando e orientando os interessados em viabilizar a tramitação de processos relacionados aos direitos previdenciários agrofamiliares, disponibilizando também assessoria jurídica, sem a necessidade de que este se dirija à uma agência física do INSS

Em 2022, a AgroBrasília reuniu 520 expositores, atraiu 135 mil visitantes e gerou 4,6 bilhões de reais em negócios. Para 2023, a expectativa é superar estes números. O local do evento é o Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, BR 251 km 5 – PAD-DF. Ele conta com áreas para campos demonstrativos; áreas gramadas para máquinas, equipamentos e animais; pavilhões para montagem de estandes, auditórios para cursos e palestras, além de uma bela infraestrutura física e de serviços. O espaço tem amplo estacionamento, áreas de descanso, rede elétrica, ruas asfaltadas, sinalização e transportes internos são uns dos atrativos do local, que também conta com dois restaurantes, posto de saúde e cinco conjuntos de sanitários, espalhados pelos seus 500 mil m² de extensão.

A AgroBrasília é a grande feira de tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos. Ela é realizada pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (COOPA-DF), e serve como vitrine de novas tecnologias para o agronegócio e o segmento agrofamiliar, com um cenário de referência em debates, palestras, cursos sobre diversos temas relacionados ao próprio setor produtivo. É o ambiente propício para a realização de negócios, onde oferta ao público as melhores novidades em maquinários, implementos agrícolas, insumos, sustentabilidade, genética animal e vegetal, pesquisas e biotecnologias.

Na AgroBrasília 2023 foi criada uma área de Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), com espaços dedicados também à agricultura familiar, onde são apresentadas tecnologias e pesquisas próprias para o setor. A feira conta com o apoio da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (SEAGRI-DF), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (EMATER-DF) e a Central de Abastecimento do Distrito Federal (CEASA-DF).

A origem

A AgroBrasília surgiu do sonho dos agricultores de uma das regiões produtivas mais tecnificadas do Brasil. Implantada em 1977, o Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF) foi integrado por produtores do Sul do país que transformaram o lugar num recordista de produtividade agrícola.

Contudo, o acesso aos avanços tecnológicos disponíveis no mercado ainda era difícil, mesmo após décadas de fundação da Coopa-DF. Assim, em 2007, a prioridade da diretoria da cooperativa, era facilitar a vida dos associados e de todos os agricultores de uma macrorregião, dando-lhes condições de instrumentalizar-se com as mais adequadas tecnologias para viabilizar a produção, reunindo em um único local, diversas empresas de diferentes ramos do agronegócio.

No ano em que a Coopa-DF completou 30 anos, foi posta em prática a ideia promissora e ambiciosa de realizar uma feira de agronegócio que demonstrasse todo o desempenho e sucesso da região. Nesse contexto surgiu a AgroBrasília. Realizada desde 2008, a Feira apresenta resultados e números surpreendentes a cada nova edição. É o maior evento de tecnologia e negócios do Planalto Central e a feira de agronegócio que mais cresce no Brasil.

Com informações da AgroBrasília 2023.

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CONAFER BRASIL: Confederação se consolida na marca agrofamiliar brasileira com produtos e serviços em todo o país https://maispecuariabrasil.com/2023/05/conafer-brasil-confederacao-se-consolida-na-marca-agrofamiliar-brasileira-com-produtos-e-servicos-em-todo-o-pais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=conafer-brasil-confederacao-se-consolida-na-marca-agrofamiliar-brasileira-com-produtos-e-servicos-em-todo-o-pais Mon, 08 May 2023 19:36:07 +0000 https://conafer.org.br/?p=23728 A missão de ser a marca agrofamiliar brasileira é um desafio que só pode ser atingido quando se tem vocação para o campo. Este é exatamente o papel da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil, que desde 2011 atua pela melhoria socioeconômica de camponeses, pecuaristas, pescadores, ribeirinhos, extrativistas, lavouristas, artesãos, indígenas, quilombolas, assentados e acampados. A CONAFER está em todo o país por meio de Secretarias Nacionais, Coordenações Regionais, Sindicatos e Federações, dando voz e autonomia aos agricultores familiares responsáveis por 70% da produção de alimentos que vão à mesa dos brasileiros. Agora, uma nova série de produtos e serviços está em lançamento, mostrando uma capacidade de se reinventar e inovar com projetos inéditos no segmento agrofamiliar, confirmando a sua atuação em defesa da agroecologia, das ações de sustentabilidade, da segurança jurídica dos seus associados, do acesso ao crédito e o fortalecimento da produção rural, transformando os seus produtores em importantes demandadores de consumo, contribuindo para aumentar a sua participação de 10% do PIB brasileiro

Desde o seu nascimento, a CONAFER segue os princípios da Autonomia Política, Preservação do Meio Ambiente, Direito à Regularização Fundiária, Valorização da Produção Sustentável, Promoção da Agricultura de Baixo Carbono, Estímulo às Energias Renováveis, Luta pela Segurança Alimentar, Cumprimento da Agenda 2030 da ONU, Crescimento Socioeconômico dos Produtores Rurais, Defesa da Inclusão Social, Assistência Médica aos Agrofamiliares, Desenvolvimento Cultural, e Defesa dos Povos Originários e Tradicionais.

Isso fez a Confederação se transformar em uma entidade multidiversa, porque em sua visão, ser a marca agrofamiliar brasileira é transformar,  efetivamente, a vida dos seus agricultores familiares associados em todos os ambientes e culturas locais. E também de todo o segmento agrofamiliar, independente de estar filiado à CONAFER, como ocorre com o +Pecuária Brasil, o maior programa de genética bovina do país, criado e desenvolvido em parceria com municípios de todo o país. Sempre levando serviços e programas do Brasil mais visível ao Brasil mais profundo, em todo o território nacional, com produtos e ações que estão mudando o meio rural brasileiro.

Com o Mais Previdência Brasil, a CONAFER cuida de quem sempre cuidou da terra com educação previdenciária. E por meio do serviço de INSS Digital, realizamos trâmites e processos, orientando o acesso dos agricultores familiares à Aposentadoria Rural, Auxílio Maternidade, Auxílio Invalidez e demais benefícios previdenciários.

 

Outro trabalho muito importante é possibilitar o acesso dos agricultores familiares às linhas de crédito do PRONAF, pois a CONAFER habilita associações, federações e cooperativas para emissão do CAF, o Cadastro da Agricultura Familiar aos filiados, associados ou cooperativistas. A partir deste processo, entra o AgroConafer, uma parceria com o Banco do Brasil, facilitando aos filiados o acesso direto às linhas de crédito do Pronaf.

Na extensão rural, o programa ERA, Empreendedorismo Rural Agrofamiliar, fortalece o agricultor e empreendedor, orientando a propriedade, implantando culturas com ciclos de produção, gerando renda e autonomia econômica. Pensando no futuro, nasceu o ERA nas Escolas – Horta Pedagógica, um programa de educação ambiental que promove a consciência socioambiental nas crianças.

Para oferecer uma vida mais saudável às agricultoras e agricultores, a CONAFER está lançando o programa de serviços em saúde exclusivo para os filiados, o MAIS VIDA BRASIL, em parceria com a BSF Saúde. É a maior cobertura do mercado com direito à Telemedicina, Assistência Odontológica e para Medicamento, Orientação Farmacêutica, Auxílio Funeral e todos os benefícios para todos os associados.

Outro projeto importante da CONAFER são os convênios espalhados por todo o Brasil, com descontos exclusivos em universidades, farmácias, laboratórios, clínicas, profissionais de saúde, restaurantes, supermercados, academias, aluguel de veículos, hotéis e assistência técnica, em mais de 200 parcerias.

Atuando na economia verde, o MAIS FLORESTA BRASIL, acordo de cooperação técnica com o Ministério da Agricultura e Pecuária, integra o Cadastro Ambiental Rural ao processo de regularização ambiental das propriedades rurais, fortalecendo a produção sustentável e com economia carbono zero. Preocupada em combater as mudanças climáticas, a CONAFER criou uma Brigada de Combate aos Incêndios Florestais, os Guardiões de Proteção Ambiental com formação de brigadistas e atuação em combates a incêndios em parques, reservas e terras indígenas. 

No Turismo Rural, a CONAFER promove em parceria com o Governo do Distrito Federal, um programa para as agricultoras, o +Turismo para Mulheres da Terra, em que as produtoras rurais são as protagonistas de um intercâmbio cultural conhecendo a história e as atrações da capital federal. E para integrar os filiados aos setores da Confederação de forma descomplicada, acessando os serviços das secretarias, diretorias e coordenações, foi desenvolvido o Sistema MAIS CONAFER BRASIL. 

Com tantos desafios, a CONAFER ainda teve tempo de gerar uma revolução no campo, o +PECUÁRIA BRASIL, o maior programa de melhoramento genético da história da bovinocultura nacional, presente em três mil cidades brasileiras, nos 27 estados da nação. Em parceria com a Alta Genetics, o +Pecuária garante a geração de rebanhos mais saudáveis, com grande rentabilidade, crescimento socioeconômico dos agropecuaristas e sustentabilidade ambiental.

Diariamente, a CONAFER também promove ações de inclusão social, promoção cultural, apoio nos esportes, educação ambiental, capacitação técnica e busca de viabilidade das políticas públicas e privadas para todas as categorias de agricultores. É por tudo isso que a CONAFER tem se consolidado na marca agrofamiliar brasileira.

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CONAFER NA MÍDIA: no canal Agro+ da Band, vice-presidente Tiago Lopes avaliou o segmento agrofamiliar nos 100 dias de governo https://maispecuariabrasil.com/2023/04/conafer-na-midia-no-canal-agro-da-band-vice-presidente-tiago-lopes-avaliou-o-segmento-agrofamiliar-nos-100-dias-de-governo/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=conafer-na-midia-no-canal-agro-da-band-vice-presidente-tiago-lopes-avaliou-o-segmento-agrofamiliar-nos-100-dias-de-governo Tue, 11 Apr 2023 15:32:29 +0000 https://conafer.org.br/?p=23362 Em participação ao vivo no Jornal Agronotícias do canal Agro+, Tiago Lopes avaliou os 100 dias de governo e suas ações voltadas à agricultura familiar. O vice-presidente da Confederação falou dos desafios do segmento, das políticas públicas direcionadas ao setor, das oportunidades que se apresentam com a volta do MDA e das ações da CONAFER de levar tecnologia e crédito aos pequenos produtores. Já no início da entrevista, Tiago Lopes afirmou “que as ações que já foram tomadas mediante o Ministério de Desenvolvimento Agrário, pelo ministro Paulo Teixeira, é de suma importância com a volta do Consea, com a volta do Contraf, onde são ouvidas entidades de classe para poder dar direcionamento às políticas públicas que a agricultura familiar tanto necessita para ajudar a desenvolver mais no campo dos nossos municípios em todo o Brasil”

Em um momento em que muito se discute as medidas que contribuam para a segurança alimentar do país, quem é responsável por 10% do PIB tem muito a dizer. Afinal, boa parte do alimento que chega à mesa dos brasileiros é produzido pelos agricultores familiares, e isso não é pouco. Segundo dados do IBGE, 77% dos estabelecimentos agrícolas do país são agrofamiliares, ocupando 23% da área agrícola total. Nas culturas permanentes, o segmento agrofamiliar responde por 48% do valor da produção de café e banana; nas culturas temporárias, são responsáveis por 80% do valor de produção da mandioca, 69% do abacaxi e 42% da produção do feijão. Na pecuária, as pequenas propriedades produzem 64% do leite de vaca do país e concentram 31% do rebanho bovino nacional, 51% dos suínos e 46% das galinhas. A produção agrofamiliar é responsável por dois terços da produção de frutas, verduras e legumes da horticultura em todo o país, o que representa praticamente 70% dos hortifruti. Agora, o campo, em especial a agricultura familiar, vive a expectativa de uma elevação de valores do próximo Plano Safra, grande responsável pelo financiamento da produção agrícola brasileira. O vice-presidente Tiago Lopes analisou este contexto, falou da necessidade de levar tecnologia à toda a cadeia produtiva, como modelo bem-sucedido de inovação, o +Pecuária Brasil, e analisou os efeitos das primeiras medidas de governo no Agro+, da Band.

Tiago Lopes falou que “o incentivo para o agricultor familiar através das vendas diretas, as vendas para escola, merenda escolar é de suma importância, mas evoluir tecnologicamente, evoluir biotecnologicamente é muito importante para o agricultor familiar”

Acompanhe a íntegra da entrevista do vice-presidente, Tiago Lopes, concedida ao repórter do Agro+, Thiago Silva, na tarde de ontem, 10 de abril, no estúdio do Agronotícias, sede da Band, em Brasília.

Repórter Thiago Silva: 
– Sobre as ações de governo nestes 3 meses, de fato, para vocês que estão ali diretamente com os produtores, com os agricultores familiares, como vocês estão vendo essa situação?

Tiago Lopes:
– Primeiramente, dizer que é recente 100 dias para um novo governo e ainda está engatinhando. Então eu quero dizer que as ações que já foram tomadas mediante o Ministério de Desenvolvimento Agrário pelo ministro Paulo Teixeira, é de suma importância com a volta do Consea, com a volta do Contraf, onde são ouvidas entidades de classe para poder dar direcionamento às políticas públicas que agricultura familiar tanto necessita para ajudar a desenvolver mais no campo dos nossos municípios em todo o Brasil.

Repórter Thiago Silva:
– Falando principalmente do assunto políticas públicas, o que está faltando mesmo para a agricultura familiar deslanchar? Do tamanho que ela tem, há espaço a melhorar?

Tiago Lopes:
– Hoje a nossa agricultura familiar representa 78% do que é consumido internamente pela população brasileira. E isso é de suma importância para todos os brasileiros. A nossa Confederação busca todo dia com vários projetos próprios, em parceria também com o governo federal, buscar o desenvolvimento tecnológico. Eu acho que a evolução tecnológica, tanto para o campo da agricultura, quanto do campo da pecuária, é de suma importância. Então, a CONAFER, junto com a sua equipe técnica, junto agora com o ministro Paulo Teixeira, que já fizemos uma reunião e buscamos o entendimento de levar mais tecnologia. Claro que o incentivo para o agricultor familiar através das vendas diretas, as vendas para escola, merenda escolar é de suma importância, mas evoluir tecnologicamente, evoluir biotecnologicamente é muito importante para o agricultor familiar, já que ele tem demanda de pequenas áreas do campo.

Para Tiago Lopes, “o caminho, esse é o viés, levar tecnologia pro agricultor familiar. Fora isso, nosso agricultor familiar vai ficar estagnado na década de 60, na década de 70”

Repórter Thiago Silva:
– Quando a gente fala dessa questão da tecnologia, chama muito atenção que a gente vê na agricultura convencional. Quando a gente fala do grande produtor, ele tem um acesso a tecnologia muito mais facilitada. Como transformar também esse acesso para a agricultura familiar, para que de fato ela consiga produzir mais, com mais qualidade?


Tiago Lopes:
– A CONAFER, ela desenvolve hoje um trabalho chamado +Pecuária Brasil, onde a gente em parceria com a Alta Genetics, a maior empresa de biotecnologia da América Latina, fazemos chegar o acesso àquele sêmen e àquele programa de IATF que a agricultura familiar tanto necessita e que a gente busca, através do governo federal, tentar institucionalizar para que isso chegue a mais municípios, hoje a CONAFER, tem acordos de cooperação técnica com 3500 municípios de todo o Brasil, levando inseminação artificial a tempo fixo e sêmen dos mais altos raçadores, tanto do gado de corte quanto do gado de leite. Então eu acho que o governo federal, pegando dessa premissa de evoluir tecnologicamente, eu falo no quesito de carne e leite, mas também em questão de maquinário para a agricultura familiar, através do Pronaf, do Mais Alimento que os agricultores conseguem comprar o seu maquinário mais moderno. Eu acho que esse é o caminho, esse é o viés, levar tecnologia pro agricultor familiar. Fora isso, nosso agricultor familiar vai ficar estagnado na década de 60, na década de 70.

Para Tiago Lopes, “agora, a partir do Plano Safra, vamos dar aquele start. Aí sim, a máquina da agricultura familiar, junto com o MDA, o Ministério da Economia e o Mapa, vai começar a girar de verdade todo maquinário e voltar a evoluir”

Repórter Thiago Silva:
– Bom, não tem como a gente levar essa tecnologia, ter acesso a tudo isso se não tiver crédito, claro. Grande produtor precisa do crédito, médio precisa, e principalmente, a agricultura familiar. Dentro dessas ações que vocês fazem com os ministérios, existe essa busca também de liberação de mais crédito e pelo menos com as taxas diferenciadas, com acesso mais fácil para a agricultura familiar?

Tiago Lopes:
– Temos conversado com o Ministério, o MDA, com o Ministério da Economia, também tem sinalizado que agora no próximo Plano Safra vai ser feito um aporte maior à agricultura familiar e diminuir o juros que foi aumentado no último plano Safra. Então, esses quesitos vão aumentar o poder ao acesso ao crédito do agricultor familiar e também ajudar através da diminuição da taxa de juros para poder subsidiar, tanto na parte tecnológica do gado quanto na parte de maquinário de infraestrutura do campo para poder estar modernizando a produção.

Repórter Thiago Silva:
– Então, quais são os desafios que vocês têm agora daqui pra frente, para melhorar e tornar esses dias cada vez mais fáceis para o futuro familiar?

Tiago Lopes:
– Eu acho. Como, como falei dos 100 dias, eu acho muito pouco para institucionalizar tudo aquilo que foi proposto. Eu acho que sentamos, conversamos, propomos todas as entidades ligadas à agricultura familiar. Agora, a partir do Plano Safra, vamos dar aquele start. Aí sim, a máquina da agricultura familiar, junto com o MDA, o Ministério da Economia e o Mapa, vai começar a girar de verdade todo maquinário e voltar a evoluir. A agricultura familiar que tanto necessita para poder baixar os custos internos, sendo uma das maiores fornecedoras de alimentos para dentro do nosso próprio país.


Acompanhe abaixo a entrevista completa no canal da TV CONAFER, no Youtube:

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AMAZÔNIA AGROPECUÁRIA: plano do Mapa quer promover cadeias produtivas sustentáveis e gerar renda aos agrofamiliares https://maispecuariabrasil.com/2023/04/amazonia-agropecuaria-plano-do-mapa-quer-promover-cadeias-produtivas-sustentaveis-e-gerar-renda-aos-agrofamiliares-2/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=amazonia-agropecuaria-plano-do-mapa-quer-promover-cadeias-produtivas-sustentaveis-e-gerar-renda-aos-agrofamiliares-2 Mon, 10 Apr 2023 17:35:56 +0000 https://conafer.org.br/?p=23356 A Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), está coordenando o Plano Amazônia + Sustentável e suas ações para consolidação das cadeias produtivas na região amazônica. O objetivo é contribuir para a melhoria na geração de renda dos produtores rurais com a produção de alimentos seguros, saudáveis e com práticas sustentáveis, isto é, com zero emissão de carbono. A Portaria Nº 575, que cria o Plano, foi publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira, dia 6 de abril. A perspectiva é consolidar um modelo de agropecuária sustentável que viabilize a autonomia financeira aos produtores rurais, assentados da reforma agrária e povos tradicionais em nove estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins

Coordenado pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI/Mapa), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou o Plano de Desenvolvimento Agropecuário da Amazônia, o Plano Amazônia + Sustentável, para ampliar os canais de comercialização, de maneira a criar oportunidades de negócios, com equilíbrio entre eficiência produtiva, benefício social e conservação ambiental.

O Plano Amazônia + Sustentável propõe a integração de políticas públicas que tenham como foco o ordenamento territorial (regularização fundiária e conformidade ambiental), a estruturação produtiva (bioeconomia, sanidade, cadeias descarbonizantes, assistência técnica direcionada, agroindustrialização), o acesso a mercados (exportações, selos distintivos e certificação orgânica), a aquisição de alimentos, a inovação (soluções sustentáveis, difusão de tecnologia, mitigação de gases de efeito estufa) e valorização dos conhecimentos tradicionais.

Segundo a secretária do SDI, a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda, “o Amazônia+Sustentável vem para trazer um conjunto de ações e iniciativas no caminho da consolidação da sustentabilidade de cadeias produtivas da amazônia, melhorando a convivência do homem com a floresta, gerando agregação de valor e diferencial competitivo aos produtos e fortalecendo para o mundo a percepção da produção sustentável na amazônia brasileira”.

Durante o processo de elaboração do Plano Amazônia+Sustentável o Mapa realizou oficinas técnicas nos nove estados beneficiados pelo Plano, ocasião em que foram definidos os territórios de atuação, três por estado, e as cadeias produtivas a serem trabalhadas nestes territórios. A existência de políticas públicas, de cadeias sustentáveis com potencial de agregação de valor, de instituições de pesquisa e monitoramento e o potencial de alavancagem de cadeias produtivas associados à marca “Amazônia”, foram alguns dos critérios utilizados para a seleção dos territórios.

As oficinas, promovidas em parceria com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL), a agência alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), contaram com a participação e contribuições de parceiros importantes para o desenvolvimento do Bioma, como: secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, estaduais e municipais; Sebrae; Senar; Sudam; Embrapa; Emater; Conab; Banco da Amazônia; Banco do Brasil; Sicredi; Caixa Econômica Federal; Funai; ICMBio; OCB; Unicafes; INCRA; Universidades; Institutos Federais de Ensino, Pesquisa e Extensão; cooperativas; e associações de produtores.

O Mapa já tem projetos em andamento e em elaboração para os territórios selecionados, entre eles estão o Programa Rural Sustentável (PRS-Amazônia), que disponibiliza recursos para o fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis, à agricultura de baixa emissão de carbono e à conservação do bioma, e o SAFE (Agricultura Sustentável para Ecossistemas Florestais), que visa a implementação de tecnologias de produção agrícola inovadoras e sustentáveis na região de Altamira até 2026. O próximo passo é a realização Oficinas Territoriais nos estados para a elaboração de uma carteira de projetos junto aos parceiros estaduais e locais. 

Veja a íntegra da Portaria do MAPA Nº 575, de 5 de abril de 2023, que criou o Plano de Desenvolvimento Agropecuário da Amazônia – Plano Amazônia + Sustentável no âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária:

“O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, tendo em vista o disposto na Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, no Decreto nº 11.332, de 1º de fevereiro de 2023, e o que consta do Processo nº 21000.075664/2021-35, resolve:

Art. 1º Fica criado o Plano de Desenvolvimento Agropecuário da Amazônia – Plano Amazônia + Sustentável no âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Art. 2º O Plano Amazônia + Sustentável tem por objetivo a convergência das políticas públicas agropecuárias e o ordenamento do território, por meio da regularização fundiária, da adequação ambiental e do fomento à produção, a partir de arranjos produtivos, melhor organização e agregação de valor das cadeias agropecuárias, contribuindo para a geração de renda e de alimentos seguros e saudáveis, para a redução do desmatamento do bioma Amazônia, para a ampliação dos canais de comercialização e para a geração de novas oportunidades de negócios, com equilíbrio entre eficiência produtiva, benefício social e conservação ambiental.

Parágrafo único. Na escala macrorregional, o Plano Amazônia + Sustentável priorizará o recorte geográfico do bioma Amazônia, conforme delimitado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Art. 3º O Plano Amazônia + Sustentável terá abrangência nos estados da Amazônia Legal, priorizando os territórios em escalas macrorregional, sub-regional e local.

Art. 4º O público beneficiário do Plano Amazônia + Sustentável será os agricultores familiares, os assentados da reforma agrária, produtores rurais, agrupados em diferentes formas de organização e os povos e comunidades tradicionais, podendo ser incluídas outras categorias do setor agropecuário.

Art. 5º Sob a coordenação da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, o Plano Amazônia + Sustentável terá as seguintes diretrizes:

I – promover a integração das ações empreendidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e suas Unidades vinculadas como forma de promover a sinergia e o aprimoramento de políticas públicas;

II – dialogar com outras esferas do Governo Federal para integrar as ações ao Plano Amazônia + Sustentável, com destaque para o aperfeiçoamento das vias de acesso, a fim de facilitar o escoamento da produção;

III – identificar as demandas nos territórios em consonância com as diretrizes do Plano Amazônia + Sustentável;

IV – buscar o diálogo com os Estados que compõem a Amazônia Legal diretamente ou por meio do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL);

V – utilizar ferramentas de gestão, com foco no planejamento estratégico, indicadores de desempenho e enfoque territorial;

VI – identificar os entraves que comprometem a competitividade das cadeias agropecuárias de relevância ou com potencial de desenvolvimento e encaminhar as soluções pertinentes que sejam da competência do Ministério da Agricultura e Pecuária;

VII – contribuir para a melhoria dos sistemas produtivos, do beneficiamento e do processamento de produtos agropecuários a partir da promoção dos mecanismos de rastreabilidade da cadeia produtiva agropecuária e da elaboração e implementação de planos de negócios;

VIII – apoiar a ampliação do acesso dos produtores agropecuários da região aos mercados, bem como a sua diversificação, incluindo o fomento ao uso de signos distintivos como ferramentas de desenvolvimento territorial e com potencial de agregação de valor aos produtos e serviços;

IX – apoiar o gerenciamento e a promoção do ordenamento da estrutura fundiária e conservação ambiental na Amazônia Legal, contribuindo, em especial, para a redução do desmatamento;

X – promover a implementação de boas práticas agropecuárias e estimular e monitorar a adoção de práticas que reduzam a emissão de gases do efeito estufa, especialmente o dióxido de carbono (CO2), e que gerem resiliência do setor agropecuário;

XI – promover a estruturação, o fortalecimento e o aprimoramento das cadeias da bioeconomia, em especial os produtos oriundos de sistemas agroflorestais biodiversos, do extrativismo e das cadeias produtivas da sociobiodiversidade;

XII – apoiar a ampliação do acesso dos produtores a crédito, assistência técnica produtiva, gerencial e comercial orientada por cadeias produtivas e planos de negócios, e tecnologias, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento de produtos com maior valor agregado; e

XIII – realizar estudo e pesquisa identificando novas tecnologias e ações de inovação agropecuária que possam ser disponibilizadas aos produtores.

Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.”

Com informações do Ministério da Agricultura e Pecuária.

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SUSTENTABILIDADE: sistema lavoura-pecuária retém três vezes mais o carbono, diz estudo da Embrapa https://maispecuariabrasil.com/2023/04/sustentabilidade-sistema-lavoura-pecuaria-retem-tres-vezes-mais-o-carbono-diz-estudo-da-embrapa/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=sustentabilidade-sistema-lavoura-pecuaria-retem-tres-vezes-mais-o-carbono-diz-estudo-da-embrapa Thu, 06 Apr 2023 17:29:09 +0000 https://conafer.org.br/?p=23352 O ciclo do carbono é um ciclo biogeoquímico no qual o elemento alimenta os organismos vivos do meio ambiente, retornando em seguida à atmosfera. Portanto, carbono bom é aquele que se transforma em elemento orgânico integrado à terra. E carbono ruim é aquele que não é resgatado da natureza, ficando livre no ar e contribuindo para o aquecimento do planeta. Uma pesquisa da Embrapa Arroz e Feijão concluiu que o sistema integrado lavoura-pecuária apresenta taxa de acúmulo de carbono no solo três vezes maior do que na sucessão de culturas de grãos. Os arranjos com sistema integrado lavoura-pecuária apresentaram taxas de acúmulo de carbono de 0,6 te 0,9 t por hectare. O resultado representa um aumento de três vezes nos estoques de carbono do solo em comparação com sistemas de sucessão soja-milho de alto desempenho. Com o +Pecuária Brasil, por exemplo, ao se somar a biotecnologia reprodutiva com uma integração lavoura-pecuária, temos um ambiente perfeito de sequestro do carbono e contribuição para a sustentabilidade da cadeia produtiva da bovinocultura

O carbono é um elemento que está presente na composição de todas as moléculas orgânicas, essenciais para os seres vivos, além de alguns compostos inorgânicos. Na atmosfera, o carbono está presente na forma de dióxido de carbono (CO2). A assimilação do carbono pelos seres vivos e sua devolução à atmosfera, completando, assim, o seu ciclo, estão intimamente ligadas ao fluxo de energia. Os resultados dos experimentos mostraram que os maiores valores de acúmulo de carbono foram encontrados em sistemas ILP sob condições de plantio direto. Soja de plantio direto na foto acima. Os arranjos com sistema integrado lavoura-pecuária apresentaram taxas de acúmulo de carbono de 0,6 te 0,9 t por hectare.

Propriedade agrofamiliar em Barra Alta-DF tem integração lavoura-pecuária muito bem-sucedida com o plantio de cupiaçu, que depois da silagem serve de alimento para todo o rebanho, e que faz parte  do programa +Pecuária Brasil (biotecnologia sustentável), criando um ambiente perfeito de sequestro de carbono

Um estudo da Embrapa Arroz e Feijão estimou a taxa de acúmulo de carbono orgânico do solo (COS) em um solo de Cerrado no estado de Goiás, Brasil, comparando o sistema de integração lavoura-pecuária (SIP) com o sistema de sucessão de grãos (soja-milho) em ambos plantio direto e agricultura convencional. Os resultados mostram um aumento nos estoques de carbono orgânico do solo em ILPI ao longo de 20 anos, projetados para o período de 2019 a 2039. O resultado representa um aumento de três vezes nos estoques de carbono do solo em comparação com sistemas de sucessão soja-milho de alto desempenho. As taxas registradas estão acima do recomendado pela Iniciativa Internacional “4 por 1000”, organização que reúne esforços de instituições de pesquisa e educação em solos para segurança alimentar e clima em todo o mundo. Os achados podem ser parcialmente explicados pela presença do capim braquiária, uma planta forrageira que cria raízes profundamente no solo.

A projeção do acúmulo de carbono foi estipulada para a profundidade do perfil do solo de 30 cm. O resultado foi que os maiores valores de acúmulo de carbono foram encontrados em sistemas ILP sob condições de plantio direto; dois dos quais (ICLS1 e ICLS2, conforme mostrado abaixo) apresentaram aumento de SOC a taxas entre 0,6 e 0,9 toneladas métricas por hectare por ano, respectivamente. Isso representa um aumento de três vezes nos estoques de carbono do solo em comparação com os maiores desempenhos dos sistemas de sucessão de culturas de soja-milho, que atingiram taxas de acúmulo de carbono de 0,11 e 0,21 toneladas por hectare por ano no plantio direto.

A simulação

O estudo foi baseado na série histórica de dados de semeadura e manejo em área de ILPI na Fazenda Capivara, fazenda pertencente à Embrapa, localizada no município de Santo Antônio de Goiás, Goiás, Brasil. As informações registradas no banco de dados de manejo desde 1990 forneceram um modelo conhecido como CQESTR, que simula o comportamento do carbono em solos de cultivo e é usado para prever como diferentes práticas de manejo afetam a dinâmica do carbono.

Durante o estudo, dois ICLS foram simulados dentro do CQESTR e replicados ao longo do período de avaliação. O primeiro (ICLS1) incluiu cultivo de milho na safra de verão seguido de 4,5 anos de pastagem de braquiária. A segunda (ICLS2) teve soja como safra de verão, seguida de pousio no primeiro ano, depois arroz de terras altas, novo pousio (descanso do solo) no segundo ano, cultura de milho e, eventualmente, 3,5 anos de pastagem de braquiária. Já o sistema de sucessão de culturas (soja-milho) compreendeu a alternância de culturas anuais de verão, bem como períodos de pousio, ou sucessão entre as duas culturas (safra e safrinha).

Os resultados do experimento mostraram que os maiores valores de acúmulo de carbono foram encontrados em sistemas ILP sob condições de plantio direto. Soja de plantio direto na foto acima.

Beata Madari é uma das pesquisadoras da Embrapa responsáveis ​​pelo estudo. Ela disse que esse resultado está em linha com os anteriores no campo e pode ser explicado pela presença da forrageira Brachiaria , que apresenta raízes profundas no solo e assim não só recicla nutrientes como também ajuda a aumentar o estoque de carbono no sistema devido ao contribuição da biomassa aérea e radicular em ILPI. Segundo Madari, uma taxa de acúmulo de carbono de 0,9 tonelada por hectare por ano surpreendeu os pesquisadores, pois é um valor alto levando em consideração o diagnóstico inicial da fazenda da Embrapa: solo argiloso (mais de 50% de argila) e baixo a teor médio de carbono (aproximadamente 2%).

Rede internacional

O resultado alcançado pelo estudo científico pode ser comparado a outros estudos sobre estoques de carbono no solo. Uma das principais organizações do mundo relacionadas ao tema é a Iniciativa Internacional “ 4 per 1000 : Soils for Food Security and Climate”. A iniciativa conta com uma rede internacional de colaboradores, que inclui instituições de pesquisa e ensino, associações de agricultores, governos, organizações internacionais, além de setores agroindustriais e empresariais. Ele defende práticas sustentáveis ​​de manejo do solo para atingir uma taxa de crescimento anual de 0,4% (4% ou 4 por 1.000) nos estoques mundiais de carbono no solo. Para as condições da área experimental no bioma Cerrado brasileiro, isso significa 0,26 toneladas por hectare por ano. No entanto, esta taxa pode variar, dependendo do clima local e das condições do solo.

Para a pesquisadora Beata Madari os resultados da pesquisa foram superiores, o que mostra que o manejo sustentável do solo e das lavouras no bioma Cerrado pode desempenhar um papel importante na mitigação de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono (CO 2). A Iniciativa Internacional “4 por 1000” foi lançada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21) de 2015 em Paris, França. A Embrapa é uma das integrantes dessa iniciativa, e a pesquisadora Beata Madari integra o comitê técnico-científico.

Os resultados da pesquisa mostram que o manejo sustentável do solo e das lavouras no bioma Cerrado pode desempenhar um papel importante na mitigação de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono (CO 2).

Mercado de carbono

A taxa anual de acúmulo de carbono encontrada neste estudo para o ILPS em plantio direto traz novos elementos para o debate científico. Segundo o pesquisador da Embrapa Pedro Machado, há outros estudos que constataram maiores capturas de carbono em ILPI: taxas anuais de até 1 tonelada por hectare por ano. No entanto, Machado diz que geralmente são estudos de pequena escala, em parcelas, com duração de poucos anos ou safras. Nesse sentido, ele considera o uso do modelo CQESTR um diferencial. “A ferramenta de simulação foi fundamental porque nos permitiu usar de forma efetiva o banco de dados de quase 30 anos de cultivos da fazenda da Embrapa e prever, por um período, a dinâmica de acúmulo de carbono de acordo com o preparo do solo e o manejo agrícola. Por isso,

Machado acrescenta que o CQESTR é um programa utilizado para investigações científicas tanto no Brasil quanto em outros países, mas, para situações brasileiras, havia sido utilizado apenas em algumas regiões tropicais do Nordeste e Sudeste, e agora foi testado e aprovado para as condições do Cerrado .

O pesquisador mencionou ainda que o estudo não só abre portas para quantificar com precisão o carbono armazenado no solo em um sistema agrícola específico, como também permite projetar futuramente quanto carbono será armazenado no solo. Esse estudo, por exemplo, estipulou a projeção para o período de 2019 a 2039. Essa perspectiva, segundo Machado, faz com que a pesquisa se torne um ponto de apoio e qualificação para o debate em curso no Brasil sobre a regulamentação de um mercado de carbono, e estabelece estratégias para a sustentabilidade agrícola e para o desenvolvimento de políticas públicas nacionais.

O estudo faz parte da tese de doutorado de Janaína de Moura Oliveira. Foi realizado na Universidade Federal de Goiás (UFG) e tem como título: Carbono no solo em sistemas integrados de produção agropecuária no Cerrado e na transição Cerrado-Amazônia. O estudo contou com a colaboração da Embrapa Labex USA e da University of Arkansas ( UARK ). A tese pode ser baixada aqui.

Melhor saúde do solo

O estudo mostrou que tanto no sistema ILP quanto no sistema de sucessão de culturas, o estoque de carbono no solo foi maior na produção de plantio direto do que nos sistemas de preparo convencional (aração e gradagem). A pesquisadora da Embrapa Márcia de Melo Carvalho, que participou do estudo, observou que práticas conservacionistas, como o plantio direto, contribuem para o acúmulo de carbono em relação aos sistemas convencionais, pois o não preparo do solo favorece maior estruturação, com formação de agregados ( pequenos torrões de terra) que “empacotam” a matéria orgânica ( ver estudo específico aqui ), protegendo-a da rápida decomposição. Quanto mais matéria orgânica, mais saturado de carbono está o solo.

Tanto no sistema ILP, quanto no sistema de sucessão de culturas, o estoque de carbono no solo foi maior na produção de plantio direto do que nos sistemas de preparo convencional (aração e gradagem)

No entanto, algo tão importante quanto a saturação de carbono do solo é a proteção proporcionada pelo plantio direto. Os sistemas de plantio direto permitem a formação de uma camada que protege o solo (mulch) do impacto das gotas de chuva, proporcionando a infiltração da água e a regulação da temperatura do solo. Além disso, o cientista afirma que as práticas de manejo que resultam no acúmulo de carbono no solo também melhoram a qualidade e o rendimento dos sistemas de produção, adaptando-se às mudanças ambientais, que são uma realidade no Cerrado goiano.

Com informações da Embrapa.

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+PECUÁRIA BRASIL: na bela São Domingos, em Goiás, mais uma conquista da revolução genética da bovinocultura brasileira https://maispecuariabrasil.com/2023/04/pecuaria-brasil-na-bela-sao-domingos-em-goias-mais-uma-conquista-da-revolucao-genetica-da-bovinocultura-brasileira/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=pecuaria-brasil-na-bela-sao-domingos-em-goias-mais-uma-conquista-da-revolucao-genetica-da-bovinocultura-brasileira Mon, 03 Apr 2023 17:16:45 +0000 https://conafer.org.br/?p=23336 O +Pecuária Brasil segue avançando por Goiás, e na última sexta-feira, 31 de março, o município de São Domingos comemorou a chegada do maior programa de melhoramento genético do país, que já está presente em 3 mil cidades, nos 27 estados do território nacional. O evento que sela o acordo de cooperação técnica com a Confederação, ocorreu durante o Dia de Campo no Distrito Estiva, onde autoridades locais, o prefeito Cleiton Martins, o vice-prefeito Gilvanir Cardoso e os secretários de governo, representantes das empresa JVA e MATSUDA (parceiras do município), e Melk Nicolas, assessor da Presidência da CONAFER, reuniram-se para lançar oficialmente +Pecuária, um divisor de águas no fortalecimento da cadeia produtiva dominicana e regional 

O evento ocorreu durante o Dia de Campo no Distrito Estiva, onde autoridades locais, representantes de empresas e produtores se reuniram para lançar oficialmente +Pecuária em São Domingos

O rebanho bovino no Estado de Goiás é o segundo maior do Brasil, contando com mais de 20 milhões de cabeças de gado de corte e leite, 10,8% do total do país. Com os pecuaristas agrofamiliares beneficiados pelo programa +Pecuária, a agropecuária goiana recebe um impulso importante, não apenas pelo aspecto de melhoria da qualidade dos plantéis e da produção dos rebanhos, como também pelo horizonte que se abre para todo o segmento agrofamiliar, pois o melhoramento genético é a melhor ferramenta para responder à demanda por produtos de alto valor agregado, sustentabilidade ambiental e fortalecimento de toda a cadeia produtiva, gerando mais emprego e renda no campo. 

Da esquerda para a direita, o secretário de Agricultura, Isael Pereira dos Rei; o vice-prefeito, Gilvanir Cardoso: o assessor da Presidência da CONAFER, Melk Nikolas e o prefeito de São Domingos, Cleiton Gonçalves Martins

A adesão de São Domingos é importante para o fortalecimento da economia local, gerando mais empregos e renda para a população. Durante o evento, o prefeito Cleiton Martins, o vice-prefeito Gilvanir Cardoso e os secretários de governo apresentaram o programa BALDE CHEIO, com o objetivo de aumentar o valor no ciclo produtivo, desde o manejo até a comercialização, melhorando as condições socioeconômicas dos criadores. O programa +Pecuária Brasil se insere, portanto, como importante medida para as metas socioeconômicas de São Domingos. O +Pecuária Brasil chega em um momento ideal para a cidade, que tem um acompanhamento em tempo real dos agricultores familiares. Com o programa, o melhoramento genético avança, melhorando o rebanho bovino na produção de leite, o que contribui para o desenvolvimento da bacia leiteira do nordeste goiano. A iniciativa irá impactar positivamente o setor agropecuário local, gerando mais produtividade e competitividade no mercado regional.

O maior programa de melhoramento genético do país já está presente em 3 mil cidades e nos 27 estados do território brasileiro

O evento de lançamento contou com a presença de representantes de diversas empresas e órgãos governamentais, que puderam conhecer de perto o programa e discutir formas de torná-lo ainda mais efetivo. O +Pecuária Brasil é uma iniciativa que deve ser incentivada em todo o país, uma vez que contribui para o fortalecimento do setor agropecuário e para a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais.

São Domingos e a tradição da bovinocultura

Localizado no nordeste goiano, o município tem uma população estimada em 11 mil habitantes. A cidade surgiu como povoado em fins do século XVII, início do século XVIII. O primeiro povoado que existiu no local era conhecido pela denominação de Arraial Velho, tendo sido promovido a distrito em 23 de junho de 1835 e a município em 14 de outubro de 1854. A região foi ocupada primeiramente por criadores de gado, que chegaram ao local em busca de animais que fugiam dos currais localizados em fazendas próximas ao Rio São Francisco, em busca da vasta alimentação existente nas verdes planícies às margens do Vão Paranã. Entretanto, esses criadores nunca chegaram a fundar um centro urbano. Assim, a região onde se localiza o município, entre os rios São Francisco e o rio Paranã (rio Tocantins), passou por um processo de ocupação diferente do ocorrido em outras partes de Goiás. Agora, com o +Pecuária Brasil, São Domingos soma à tradição da bovinocultura, o maior programa genético da pecuária familiar brasileira. Uma grande vitória dos produtores dominicanos!

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